O 3º dos 10 Mandamentos

on quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nos tempos bíblicos a atribuição do nome manifestava as propriedades de quem o portava, muitas vezes equivalendo à própria pessoa. Lembre-se de como Deus, mudou o nome de Jacó para lhe chamar Israel, pela prova de coragem e perseverança que ele manifestou perante o Senhor:


E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se não me abençoares.

E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.

Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.” Gn. 32. 27-28

E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel.

Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão de ti;” Gn. 35.10-11


Ora se o nome do homem merece respeito, então o Nome de Deus, Criador do homem e do Universo, merece toda a honra e glórias!

E mais uma vez para bem de todos nós que cremos em Deus foi estabelecido o 3º Mandamento:

Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” Ex. 20.7


Todo aquele que se diz cristão quando e como toma o nome do Senhor, nosso Deus, em vão!?

Ora, o nome de Deus não é tomado em vão quando utilizamos uma vulgar expressão como “Meu Deus!” ou “Valha-me Deus!” ou “Ai Jesus!”. Muitos defendem que o uso dessas expressões constituem um incumprimento ao 3º Mandamento. Contudo, permitam-me discordar de tal opinião que quanto a mim parece-me despropositada considerando um simples e objectivo versículo bíblico:

Todos os servos que estão debaixo do jugo estimem a seus senhores por dignos de toda a honra, para que o nome de Deus e a doutrina não sejam blasfemados.” 1Tm. 6.1

Blasfemamos e tomamos em vão o nome de Deus quando afirmamos que O seguimos, contudo não fazemos a sua vontade, logo agimos falsamente. Quantas vezes, ao longo da história e hoje em dia, ouvimos pessoas e responsáveis religiosos afirmando que fazem isto ou aquilo em nome de Deus e na realidade tudo o que fazem é anti-bíblico, é contra tudo o que está escrito na Palavra de Deus. Fizeram-se e fazem-se guerras, perseguições e toda a espécie de maldades em nome de Deus, usam e abusam do poder do nome do Senhor para fazer a vontade do próprio homem contra a ordem e a vontade de Deus.

O apóstolo Paulo na carta a Timóteo chama a atenção sobre o procedimento do cristão, para que a nossa conduta como seguidores em Cristo não transgrida a Palavra e ponha em causa a veracidade dos ensinamentos de Jesus e o próprio nome de Deus. São muitos aqueles que se dizem cristãos, mas será que se preocupam em cumprir a Palavra de Deus!? Daí a importância do 3º Mandamento, principalmente para aqueles que se dizem seguidores do Deus Vivo, pois é nosso dever honrar e glorificar o nome de Deus, através dos nossos actos, para bom testemunho e não para vergonha ou blasfémia do nome do Senhor.

Não adianta àquele que se diz cristão andar com a Bíblia debaixo do braço, reunir-se em congregação, dizendo “Ámen” e manifestando-se aparentemente perante o pastor, o obreiro ou demais membros como um homem ou mulher de Fé em Cristo e saindo das portas da igreja, comporta-se mundanamente, tendo a sua vida destroçada, cujos frutos neste mundo não vão ao encontro das promessas presentes na Palavra de Deus. Logo, o seu procedimento, contribuirá para o mau testemunho diante daqueles que necessitam de ouvir e conhecer a Palavra, pelo que estes considerarão, pelos frutos e pelo que vêem no “falso” cristão a maior das falsidades, afastando-se de tudo o que fale de Cristo e consequentemente o nome do Senhor será blasfemado pelo mau testemunho.

A maioria das vezes o cristão que procede desta forma não o faz “conscientemente”, mas encontra-se embebido numa fé pouco prática, baseada em rotinas que nunca o colocam à prova, mas acomoda-se e vive fanaticamente no seio de uma congregação.

Por isso Caro(a) Leitor(a), analise a sua vida, veja os seus frutos, pois são estes que manifestam o cumprimento da Palavra de Deus e testificam se o nome de Deus não é tomado em vão. Todos temos a nossa responsabilidade “porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”!

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