A Dúvida – Inimiga da Fé!

on quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Dúvida é uma manifestação de insegurança que causa os maiores entraves na vida de uma pessoa se esta deixar que ela entre e se afirme no seu coração. Ora, segundo o dicionário de língua portuguesa, dúvida significa:

  • estado de espírito de quem se interroga sobre se um facto é real ou não, sobre se uma proposição é verdadeira ou falsa
  • incerteza
  • hesitação; irresolução; indecisão; perplexidade
  • receio
  • suspeita
  • objecção
  • dificuldade
  • escrúpulo;

Tal como ocorre com o medo, o próprio indivíduo, à medida que alimenta a dúvida pode esta ganhar tanta força e valor que a pessoa passa a depender dela. Desenvolvendo o que se chama de mania da dúvida que segundo o dicionário, trata-se de uma perturbação mental caracterizada por obsessões na forma de verificações e interrogações constantes (Porto Editora).

A dúvida é pois uma manifestação de insegurança. Toda a pessoa tem dúvidas, mas nem todos sabem lidar com elas. Uns não lhes dão qualquer valor, outros porém permitem até que a dúvida tome conta da sua vida, gerando todo o tipo de incerteza, de insegurança, de pensamentos negativos, de ciúmes, etc., bloqueando o seu dia-a-dia e estando sempre presente.

Tal como o medo, a dúvida ganha força quando se confessa com a própria boca (ler post: Medo – Sentimento Enganador!) ou quando o indivíduo não consegue afastar esse pensamento negativo e trava-se uma guerra dentro dele e se não conseguir afastar, a dúvida comodamente instala-se e toma o controle da situação, da vida da pessoa.

A dúvida bloqueia os projectos de cada um!

Ela entra porque a pessoa teve uma má experiência passada ou porque deu ouvidos a uma palavra negativa, ou foi criada num ambiente negativo, onde quem a rodeava enchia a sua cabeça de todo o tipo de pragas, de insegurança, de palavras que não a edificavam, tal como: “Não vais conseguir”, “Nunca deste para nada”, “Os outros são melhores, mais inteligentes do que tu”. Isso foi pouco a pouco entrando dentro de si, alojando-se na sua mente, no seu coração, conduzindo-a ao mundo das incertezas e da insegurança.

A dúvida é inimiga da Fé, visto que segundo a Bíblia: “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.” Hebreus 11:1

A dúvida rouba pois esta certeza, cogitando contra a Fé!

O próprio Jesus chama-nos a atenção para o perigo da dúvida, dando um exemplo de como devemos de proceder:

Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.” Marcos 11:23

O apóstolo Tiago, refere-se também à dúvida como um perigo:

Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte.” Tiago 01:6

A pessoa com dúvida não tem rumo e anda com a sua vida à deriva, sem um porto seguro.


Como afastar a dúvida!?

Comece por alimentar-se de palavras positivas, de força, as quais pode encontrá-las na Bíblia.

Antes de começar a ler, vá para um lugar sossegado e peça a Deus que lhe dê forças e entendimento.

Depois de ler, abra o seu coração para Jesus, diga-Lhe o que vai na sua alma, quais são as suas dúvidas, os seus medos e peça-lhe o que quer que Ele faça por si.

Depois tome atitudes, pois não vai andar todo o dia e toda noite com a Bíblia debaixo do braço... Seja racional! Faça a sua parte, pois quando a dúvida vier, procure pensar na Palavra que leu, feche os olhos e ore mentalmente a Deus, pedindo que afaste esse pensamento da sua mente. Jesus vai revesti-la com certeza com outras forças que até aqui desconhecia e, pouco a pouco as trevas causadas pelas dúvidas são afastadas pela luz da certeza que provém de Deus. Contrarie a dúvida sempre!


Para ajudar, deixo-lhe aqui uma pequena estória para que medite:

Na Grécia Antiga era habitual fazer-se uma corrida desde Atenas até ao cume do Monte Olimpo. Ano após ano fazia-se a corrida, mas nunca nenhum atleta conseguira chegar à meta, ora quando já faltavam poucos metros acabavam por desistir, desmoralizados e terrivelmente cansados. Contudo, a prova repetia-se anualmente.

E lá veio um novo ano e uma nova prova para alcançar o inatingível cume do Monte Olimpo. Os atletas partiram com todo o fulgor, passados poucos quilómetros desistiram alguns deles e ouvia-se o povo a gritar: “Malucos!”, “É impossível!”, “Não vais conseguir!”, “Desiste!”. No meio do grupo que encabeçava a prova, destacava-se um atleta que continuava num ritmo alucinante e ía deixando para trás os seus adversários que íam desistindo à medida que o terreno se tornava mais difícil, sempre com as mesmas vozes do povo que gritava: “Malucos!”, “É impossível!”, “Não vais conseguir!”, “Desiste!”.

Depois de muitos quilómetros já percorridos, apenas ficou o atleta que se destacava pelo ritmo que levava em tão dura prova e o povo continuava a gritar bem alto: “Maluco!”, “É impossível!”, “Não vais conseguir!”, “Desiste!”. No entanto, o atleta aproximava-se cada vez mais da meta até que pela primeira vez houve alguém que a cruzou e alcançou o cume do Monte Olimpo. Quando o Rei da Grécia se dirigiu para entregar o valioso prémio perguntou-lhe como é que ele conseguiu e o atleta então, fez sinal que não ouvia, que era surdo!


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